
Surtos de virose no litoral foram causados por norovírus
Informação da Sesa foi confirmada após análises de amostras pelo Lacen
Os surtos de virose em municípios do litoral do Paraná foram causados por norovírus. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) após a presença do vírus ser identificada em análises feitas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O norovírus foi apontado como agente causador dos surtos em Guaratuba e Morretes.
As informações são da BandNews FM Curitiba.
De acordo com o infectologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe Victor Horário, esse tipo de contaminação é mais comum durante o verão. Os principais sintomas estão ligados a problemas gastrointestinais, quadros que podem levar à desidratação.
“É um vírus que ele pode fazer quadro de coriza, tosse, dor de garganta, às vezes quadro respiratório, mas é muito comum ele fazer quadro de infecção gastrointestinal. A infecção intestinal do norovírus, ela tende a durar uma média de três a sete dias. Nesse período, o que é importante? O paciente tomar bastante líquido, lembrando que água de coco e isotônico pioram a diarreia, então tem que ser água ou soro de reidratação oral, tomar muito cuidado com a alimentação, se possível tirar lactose da dieta e ficar muito atento ao quadro de muito vômito que dificulta a ingesta de líquido oral”.
A transmissão ocorre pelas mãos, explica o médico. Por isso, a higiene é a melhor forma de prevenção.
“Você nunca sabe quem manuseu aquele alimento ou a procedência da água que você está tomando. Então novamente, lavar as mãos e higienizar com água, sabão e o alcool gel”.
O uso do álcool em gel é recomendado, mas o norovírus pode ser resistente ao mecanismo. Por isso, o ideal é a lavagem das mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos.
Apesar do aumento expressivo de casos no começo do ano, o litoral do Paraná agora registra queda de pacientes com virose. Na terceira semana epidemiológica de janeiro, entre 12 e 18 de janeiro, foram 350 diagnósticos da doença em Guaratuba.
Nos primeiros 13 dias do mês, foram mais de 5 mil atendimentos por gastroenterite na região – uma alta de 306% na comparação com o mesmo período de 2024.