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Mãe de dono de avião que caiu em Gramado morreu em acidente aéreo há 14 anos; vídeo
Foto: Luiz Galeazzi

Mãe de dono de avião que caiu em Gramado morreu em acidente aéreo há 14 anos; vídeo

Ele pilotava a aeronave neste domingo (22); as outras nove vítimas eram familiares do empresário

paranaportal - domingo, 22 de dezembro de 2024 - 15:31

O empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, dono do avião que caiu em Gramado (RS), foi uma das vítimas do acidente aéreo na manhã deste domingo (22). Ele pilotava a aeronave. Todas as dez pessoas a bordo morreram. O que chama atenção é que essa não é a primeira tragédia do tipo envolvendo a família: há 14 anos, sua mãe, Maria Leonor Salgueiro Galeazzi, também morreu em um acidente aéreo.

De acordo com a Folha de São Paulo, Maria Leonor perdeu a vida aos 69 anos no dia 27 de janeiro de 2010. Ela era esposa de Cláudio Galeazzi, então presidente do Grupo Pão de Açúcar, e estava a bordo de um avião da família que caiu em Iperó, no interior de São Paulo, após decolar de Sorocaba com destino a Goiás. No acidente morreu também o piloto José Andrei Ferreira dos Santos, de 32.

Luiz Claudio Galeazzi se formou em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Ele era sócio e CEO da Galeazzi & Associados, empresa com mais de 25 anos de experiência em gestão de empresas. Atuou em projetos de melhora de performance, reestruturação e gestão de crises no Brasil e no exterior, nas áreas de telefonia, saúde, alimentos, energia, bancos, indústria automotiva, varejo e mídia.

Os outro ocupantes do avião que caiu neste domingo eram a esposa de Luiz, três filhos, a irmã, o cunhado, a sogra e duas crianças. 

Vídeos

Câmeras do Aeródromo de Canela, cidade vizinha a Gramado e de onde a aeronave decolou, registram o momento em que a família embarcou no avião, minutos antes da tragédia. Veja:

Outra gravação mostra o momento da queda:

Vídeos também mostra o local após o acidente aéreo:

Avião cai em Gramado

A aeronave turbohélice, da fabricante Piper Aircraft, caiu em uma área próxima à avenida das Hortênsias, a menos de 2 km do centro da cidade turística de Gramado, na Serra Gaúcha.

De acordo com o Governo do Rio Grande do Sul, as primeiras informações apontam que a aeronave bateu contra a chaminé de um prédio em construção, atingiu o segundo andar de uma casa e também uma loja de móveis. Destroços ainda atingiram parte de um hotel.

Ao menos 17 pessoas foram levadas a hospitais da região, com ferimentos ou por inalar fumaça. Duas estão em estado grave.

Segundo a Infraero, a aeronave de prefixo PR-NDN levantou voo às 9h15, no aeroporto de Canela (RS), e seguiria para Jundiaí, no interior de São Paulo.

O Corpo de Bombeiros atua no local, que ficou tomado por destroços. A avenida das Hortênsias é a principal ligação entre Gramado e Canela. Ela foi parcialmente liberada no início da tarde deste domingo.
A Secretaria da Segurança Pública do RS divulgou uma nota dizendo que o local está isolado pela Brigada Militar. A Polícia Civil investiga o caso.

“O Corpo de Bombeiros Militar controlou o incêndio decorrente da queda da aeronave, que havia decolado de Canela. O avião colidiu na chaminé de um prédio, depois no segundo andar de uma residência e, então, caiu sobre uma loja de móveis. Destroços ainda alcançaram uma pousada”, disse a pasta, em nota.

Ainda não há informações sobre as possíveis causas do acidente.

Causas

As causas do acidente serão investigadas. Em entrevista, Marcelo Sulzbach, presidente do aeroclube da cidade gaúcha afirmou que o avião entrou em uma nuvem logo após a decolagem.

Ele ainda explicou que o aeródromo é usado por aviões de pequeno porte, mas não é controlado, ou seja, não possui torre de comando.

“O avião decolou normalmente sem nenhuma anormalidade, exceto pela questão meteorológica. Bem na hora que decolou, estava vindo um banco de nevoeiro. Ele tirou o avião do chão e entrou na nuvem”, disse Sulzbach.

Segundo ele, pelo regulamento de tráfego aéreo, só é permitido decolar em Canela por condições de voos visuais.

“Tem que ter 5.000 metros de visibilidade horizontal e pelo menos mil pés de teto. Extraoficialmente, posso dizer que o aeroporto estava abaixo desses níveis”, afirmou.

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A FAB (Força Aérea Brasileira) disse, em nota, que investigadores do órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), localizado em Canoas, foram acionados para realizar uma ação inicial envolvendo uma aeronave de matrícula PR-NDN.

“Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, disse a FAB.

O governador Eduardo Leite (PSDB) foi até o local do acidente, onde deu entrevista à imprensa no final da manhã.

COM FRANCISCO LIMA NETO VIA FOLHAPRESS

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