Motorista que atropelou idoso em Curitiba é indiciado por homicídio; três pessoas por omissão
Idoso de 89 anos passou mal, sofreu uma queda e foi atropelado em seguida. O motorista fugiu sem prestar socorro
A Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), concluiu o inquérito sobre o atropelamento e morte de um idoso no Alto da XV, em Curitiba. Segundo as investigações, Edmundo Goralewski (89), passou mal, sofreu uma queda e foi atropelado. O motorista do carro, indiciado por homicídio culposo, fugiu sem prestar socorro. Além dele, um porteiro da região, uma enfermeira e outro motorista foram indiciados por omissão de socorro. As informações são de Brenda Niewiorowski, da BandNews FM Curitiba.
O caso correu em 28 de setembro deste ano e teve repercussão nacional. Isso porque, as imagens das câmaras de segurança demonstraram que o idoso permaneceu caído na rua por dois minutos sem ninguém prestar socorro. Logo na sequência, ele foi atropelado. Assista.
A certidão de óbito emitida pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi uma lesão no crânio, causada pelo atropelamento.
O motorista que atropelou o idoso afirmou à Polícia Civil que não viu o homem na rua. O delegado Edgar Santana afirma que as investigações concluíram que o condutor tem responsabilidade pelo ato que resultou na morte de Edmundo Goralewski.
“Entendemos que a conduta praticada pelo investigado foi negligente, ou seja, ele deixou de adotar as devidas providências e cautelas na direção do veículo. E essa falta de atenção terminou ocasionando o atropelamento da vítima”, afirmou.
Três pessoas foram indiciadas no caso do atropelamento do idoso que caiu em rua de Curitiba
Além do indiciamento do motorista por homicídio culposo, outras três pessoas foram indiciadas pelo crime de omissão de socorro. Entre elas, uma enfermeira, que, de acordo com a Polícia Civil, trabalha em um hospital que fica a uma quadra do local do acidente.
“Ela foi acionada presencialmente para prestar auxílio e alegou que o hospital não tinha equipamentos necessários [para atender o idoso] e também par garantir a segurança da vítima. Ela não prestou qualquer tipo de auxílio imediato naquele momento”, declara o delegado.
Santa explica que, pela lei brasileira, os profissionais de saúde tem um dever legal, moral e profissional de atuar quando presenciarem situações de emergência. Exceto se isso colocar em risco a própria vida.
Um porteiro que trabalha na região do atropelamento também foi indiciado pelo mesmo crime. O delegado explica que ele viu o momento em que a vítima passou mal e caiu na rua — parte do corpo do idoso ficou na rua. Ao visualizar a queda, ele deveria, de acordo com o delegado, ter ido presencialmente para o local, para tentar salvar a vida do idoso. Isso poderia ser feito com sinalizações ou alerta para os motoristas que trafegavam pelo local.
O profissional, no entanto, ligou para o SIATE e pediu para uma moradora do prédio onde trabalha fosse até o local.
A gravação das câmeras de segurança da região mostram que vários carros passaram pelo local sem ajudar a vítima. Um deles passou pelo local e desviou da vítima, sem prestar qualquer tipo de auxílio, afirma o delegado. “Caracterizando, portanto, de forma bem notória a omissão de socorro”, concluí.
O motorista desse veículo foi identificado e indiciado pela omissão de socorro.
*Com informações de Brenda Niewiorowski | BandNews FM Curitiba
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