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Retrospectiva: Athletico tem centenário com título estadual e vexame com rebaixamento
(Foto: Geraldo Bubniak/AGB)

Retrospectiva: Athletico tem centenário com título estadual e vexame com rebaixamento

Furacão caiu para a Série B no ano em que completou 100 anos

Pedro Melo - segunda-feira, 23 de dezembro de 2024 - 14:30

O Athletico começou o ano do centenário com muita expectativa de investimentos para o elenco e até mesmo de títulos importantes. A temporada, que teve mais um título estadual, terminou da pior maneira possível com rebaixamento para a Série B e muitas críticas.

O ano começou com a chegada de diversos estrangeiros para reforçar o elenco – lateral-direito Léo Godoy, zagueiro Mateo Gamarra e atacantes Lucas Di Yorio e Romeo Benítez. Além disso, o Rubro-Negro contratou o técnico colombiano Juan Carlos Osório.

A passagem de Osório pelo comando do Athletico durou apenas 12 partidas, com sete vitórias, quatro empates e uma derrota. A demissão ocorreu logo após o revés para o Londrina por 1 a 0, pelas quartas de final do Campeonato Paranaense. Apesar do aproveitamento positivo, o treinador vinha sendo alvo de críticas pelo desempenho da equipe.

CUCA, O TORCEDOR QUE VIROU TÉCNICO DO ATHLETICO

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Foto: Geraldo Bubniak/AGB

A diretoria do Athletico agiu rapidamente e trouxe Cuca para comandar a equipe. Torcedor declarado da equipe, o treinador chegou sob protestos, mas também com muito apoio das arquibancadas. O nome dele foi gritado pela torcida na Ligga Arena antes mesmo da primeira partida.

Com Cuca no comando, o Athletico goleou o Londrina no jogo de volta das quartas de final do Campeonato Paranaense. Na sequência, ganhou duas vezes do Operário na semifinal e mais duas do Maringá na decisão.

O Rubro-Negro comemorou o título estadual no ano de seu centenário, o que gerou uma declaração provocativa do atacante Pablo. “Tem clube que caíram para a segunda divisão no ano do centenário e nós já conquistamos título no começo da temporada. Isso é importantíssimo. Espero continuar fazendo os gols e que a gente continue vencendo”.

O bom momento seguiu no início do Campeonato Brasileiro e o Athletico chegou a ser líder por três rodadas (1ª, 5ª e 6ª). No entanto, a situação mudou com três empates seguidos contra Flamengo, Botafogo e Corinthians. A equipe levou gol nos acréscimos do segundo tempo em todos.

Após o empate com o Corinthians, Cuca se reuniu com os jogadores e disse que estava de saída. Após a entrevista coletiva, o técnico sinalizou para membros da torcida organizada que não ficaria. A relação terminou após 23 partidas, com 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

APOSTA EM MARTÍN VARINI

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(Foto: José Tramontin/Athletico)

Sem Cuca, o Athletico ficou quatro jogos com o auxiliar Juca Antonello de interino, com campanha de duas vitórias e duas derrotas. Na sequência, o Rubro-Negro anunciou a contratação do uruguaio Martín Varini, ex-auxiliar do Cruzeiro e que estava no Defensor, do Uruguai.

Varini ficou 19 partidas no Furacão, com nove vitórias, seis derrotas e quatro empates. O treinador teve até um bom aproveitamento em competições de mata-mata, mas foi mal no Brasileirão. Ele ganhou somente uma das nove partidas e deixou o clube com apenas três pontos de vantagem para a zona de rebaixamento.

A passagem de Martín Varini pelo Athletico ainda ficou marcada pelo afastamento do atacante Nikão. Os dois não se entendiam desde o período em que trabalharam juntos no Cruzeiro em 2023. Varini era auxiliar do treinador Paulo Pezzolano no clube mineiro.

Além disso, na janela de transferências do meio do ano, o Rubro-Negro contratou apenas dois jogadores: zagueiro Marcos Victor, fora dos planos do Bahia, e volante Bruno Praxedes, pouco aproveitado no Vasco.

APOSTA FRACASSADA EM LUCHO GONZÁLEZ

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(Foto: Gustavo Oliveira/Athletico)

Depois da demissão de Martín Varini, o Athletico contratou o argentino Lucho González, com pouca experiência de técnico, mas com passagem vitoriosa no fim da carreira de jogador. Uma das primeiras ações do treinador foi a volta de Nikão ao elenco.

Com Lucho no comando, o Rubro-Negro teve apenas três vitórias, dois empates e nove derrotas. O desempenho ruim resultou no vexatório rebaixamento para a Série B no ano do centenário.

Logo após a queda, o Athletico iniciou toda reformulação no departamento e demitiu Lucho González, o diretor técnico Paulo Autuori e o gestor Paulo Miranda. Outros nomes, entre eles Juca Antonello, também deixaram o clube.

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