Economia
Haddad anuncia a isenção do imposto de renda para rendas até R$ 5 mil ao mês
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Haddad anuncia a isenção do imposto de renda para rendas até R$ 5 mil ao mês

Medida foi divulgada durante pronunciamento oficial nesta quarta-feira (27)

Brenda Iung - quarta-feira, 27 de novembro de 2024 - 20:47

Em pronunciamento oficial na noite desta quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que, a partir de 2026, os brasileiros com renda mensal de até R$ 5 mil ao mês deixarão de pagar o imposto de renda (IR). Essa foi uma das principais promessas de campanha de Lula (PT), em 2022,, que foi frequentemente cobrada por parte do presidente à pasta.

“Honrando os compromissos com os brasileiros, uma parte importante da classe média não pagará mais o imposto de renda”, afirmou Haddad, durante a fala à nação. A expectativa dessa mudança reverberou, nesta tarde, em uma das maiores altas nominais do dólar da história brasileira: a moeda americana alcançou a validação de R$ 5,91.

Haddad explica que a nova medida, no entanto, não terá impacto fiscal. E deve não só ajudar a classe média, mas, também, impulsionar o comércio e apoiar o crescimento real das cidades.

O chefe da Fazenda, admite, no entanto, que quem tem renda acima de R$ 50 mil ao mês pagará mais imposto. Essa medida, combinada às outras mudanças fiscais, deve corrigir “grande parte da injustiça tributária do país”, garante Haddad.

Ao finalizar a fala, o ministro reitera que essa é a escolha certa, para garantir um país forte, justo, equilibrado e onde todos podem prosperar.

Compromissos assumidos por Haddad no pronunciamento

Além da já esperada isenção de imposto de renda para as famílias que ganhar até R$ 5 mil ao mês, o ministro da Fazenda assumiu outros compromissos:

  • crescimento do salário mínimo acima da inflação
  • aperfeiçoamento de mecanismo de controle para combater fraudes fiscais
  • definição de uma idade mínima para a reserva dos militares, com limitação da transferência de pensão
  • implantação do abono salarial a R$ 2.640, com correção pela inflação até alcançar o teto de um salário mínimo e meio
  • definição de um teto para emendas parlamentares, abaixo do limite constitucional
  • garantia de que todas as remunerações dos agentes públicos estejam no limite constitucional
  • direcionamento de verbas para reforço ao Sistema Único de Saúde (SUS)

O ministro afirma que essas ações não são apenas um movimento por parte do Governo Lula, e, sim, serão feitas de maneira conjunta: com o Supremo Tribunal Federal (STF), com a Câmara de Deputados e com o Senado Federal.

Com os ajustes, o Ministério da Fazenda espera gerar uma economia de R$ 70 bilhões, nos próximos dois anos, para serem reinvestidos em outros programas de apoio aos brasileiros. Essas medidas, de acordo com Haddad, “reafirmam o compromisso com a sustentabilidade fiscal”.

E devem proteger os empregos, aumentar o poder de compra e assegurar o crescimento sustentável do país.

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