Quatro motivos que explicam o fracasso do Coritiba durante a Série B
Coxa ficou fora do G4 em todas as rodadas
O Coritiba apenas cumpre tabela nas últimas duas rodadas da Série B e termina a temporada sem atingir o grande objetivo de voltar para a primeira divisão.
A reportagem do Paraná Portal detalhou cinco motivos que explicam o resultado ruim do Coxa na segundona do Campeonato Brasileiro. A equipe alviverde não ficou uma rodada sequer entre os quatro primeiros colocados.
DIVERGÊNCIA DE PENSAMENTO NA DIRETORIA
O Coritiba começou a Série B com Carlos Amodeo, um dos responsáveis pela montagem do elenco no começo do ano, como CEO, e Paulo Autuori como diretor de futebol. Os dois divergiram de pensamento sobre perfil de técnico, mas, principalmente, sobre o reaproveitamento do atacante Alef Manga.
Carlos Amodeo disse, no começo da temporada, que era favorável ao retorno de Alef Manga. No entanto, Paulo Autuori gravou um vídeo, sem citar o nome do atacante, e disse que a diretoria deveria ter dispensado o jogador no ano passado. Ele estava cumprindo suspensão por envolvimento com apostas esportivos.
Alef Manga voltou aos gramados apenas em outubro, marcou um gol e deixou o Coritiba nesta terça-feira (13) na primeira lista de dispensa. Carlos Amodeo hoje está no Vasco e Paulo Autuori trabalha no Athletico.
TÉCNICOS COM PERFIS DIFERENTES
Ainda sob a liderança de Carlos Amodeo, o Coritiba iniciou a temporada com Guto Ferreira no comando. O técnico parou na semifinal do Campeonato Paranaense e ganhou voto de confiança para o início da Série B. Ele caiu ainda na 3ª rodada da segunda divisão.
O então auxiliar James Freitas ficou como interino por seis rodadas. Na sequência, o Coxa mudou o perfil de treinador e contratou Fábio Matias, que ainda está no início de carreira. A aposta não deu certo e o técnico foi demitido depois de oito jogos, com apenas uma vitória e uma goleada sofrida para o Santos por 4 a 0 na despedida.
Guilherme Bossle, o Guilla, então técnico do sub-20, comandou o time em uma partida. E o novo técnico também teve um perfil completamente diferente do anterior. Jorginho, que levou o Coxa para a Série A em 2019, retornou para a terceira passagem, mas não atingiu o objetivo. Ele saiu do clube com 50% de aproveitamento.
REFORÇOS QUE NÃO DERAM CERTO
O Coritiba reformulou o elenco após a queda para a Série B, mas muitos dos reforços contratados deixaram o clube ao longo da temporada. Contratado para ser o artilheiro, Leandro Damião chegou em fevereiro e saiu em julho. Foram apenas 16 jogos, com apenas três gols e uma assistência.
Outra aposta que fracassou foi o atacante David Da Hora, contratado por R$ 4 milhões e que jogou apenas duas vezes como titular. Ele foi emprestado para o Juventude e tem contrato de quatro temporadas com o Coxa.
O volante Arilson chegou com experiência de Série B, mas também pouco jogou e rescindiu para jogar no Vila Nova. E o meia Yago, destaque do Nova Iguaçu no Campeonato Carioca, entrou em campo apenas cinco vezes.
DESEMPENHO NO COUTO PEREIRA
O Coritiba se mostrou força no Couto Pereira, mas os resultados desta temporada ficaram aquém do esperado. Apesar de ter somado 35 dos 50 pontos diante da torcida, o Coxa é apenas o 9º melhor mandante da Série B. O desempenho é de dez vitórias, cinco empates e três empates.
Dos times que estão no G4, o Coritiba ganhou apenas do Ceará, empatou com Novorizontino e perdeu para Mirassol e Santos. O jogo contra o Santos, no entanto, aconteceu após o fim da chance matemática de acesso.
AGENDA DO CORITIBA
- Chapecoense – domingo (17/11), às 16h, na Arena Condá, em Chapecó (Série B)
- Botafogo-SP – a definir, no Couto Pereira, em Curitiba (Série B)