Tomazina leva os primeiros prêmios do Concurso Café Qualidade Paraná
Participaram da disputa 119 lotes originados de todas as regiões produtoras do estado
Os grandes vencedores do Concurso Café Qualidade Paraná são dois produtores de Tomazina, cidade do norte pioneiro do estado. Os cafeicultores Maristela Fátima da Silva Souza e Claudeir Marcos de Souza ficaram com o primeiro lugar nas categorias natural e cereja descascado, respectivamente. A premiação ocorreu na manhã desta terça-feira (12), no Mercado Municipal de Curitiba.
No total, participaram da disputa 119 lotes originados de todas as regiões produtoras do estado — 90 na categoria natural, ou via seca, que envolve a secagem do fruto inteiro, e 29 processados pelo método cereja descascado, ou via úmida, em que a polpa é removida antes da secagem do grão.
A cafeicultura ocupa 25,3 mil hectares no Paraná, com uma produção anual estimada em 670 mil sacas beneficiadas. A atividade é destaque em mais de 180 municípios, sendo a principal fonte de renda em 50 deles, onde 80% das propriedades são de agricultores familiares.
“É muito interessante para os pequenos produtores produzir bebida de qualidade, eles podem se beneficiar justamente da pequena escala para obter cafés especiais”, apontou o extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater (IDR-Paraná), Romeu Gair.
Classificação Concurso Café Qualidade Paraná
Veja quem são os cinco primeiro colocados nas categorias da disputa:
Categoria natural
- Maristela Fátima da Silva Souza, de Tomazina
- Ariele Miranda Afonso, de Curiúva
- Flávia Guimarães da Silva Rosa, de Apucarana
- José Ciro Santiago, de Grandes Rios
- Sérgio José Miranda, de Jandaia do Sul
Categoria cereja descascado
- Claudeir Marcos de Souza, de Tomazina
- Valdeir Luiz de Souza, de Tomazina
- Marcia Cristina da Silva Costa, de Tomazina
- Juarez Colatino de Barros, de São Jerônimo da Serra
- Sirlei de Fátima da Cruz Carvalho, de Joaquim Távora
Âmbito regional
- Aparecida de Oliveira Saboré Lopes, de Braganey
- João Paulo Sgorlon, de Pitangueiras
- Daiane Elisabete Colombo Teixeira, Jesuítas
- Wilson Lopes, de Mandaguari
- Magna Aparecida Nunes, de Congonhinhas
- José Aparecido Sanches, de Terra Boa
Premiação
Os campeões receberam R$ 8 mil por saca de 60 quilos como oferta de compra de seus lotes. Os vice-campeões receberam R$ 6 mil e os produtores que terminaram na terceira colocação, R$ 5 mil. O quarto e o quinto colocado de cada categoria podem vender seus lotes por R$ 3,5 mil e R$ 2,5 mil respectivamente.
A organização também ofereceu R$ 2,5 mil para os campeões regionais e aos seis produtores que receberam o certificado de “menção honrosa” pelo excelente preparo — grãos totalmente sem defeitos — dos lotes.
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Como são avaliados os cafés
A seleção dos lotes finalistas ocorre em duas fases. A primeira etapa avalia as características físicas dos grãos, de acordo com a Classificação Oficial Brasileira (COB), para identificar defeitos como quebras ou danos causados por insetos.
Na segunda etapa, uma equipe de provadores aplica a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA, na sigla em inglês) para avaliar aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto residual e equilíbrio da bebida.
Com AEN
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