Sobe para sete o número de vítimas de técnico de enfermagem em Curitiba
O profissional da área da saúde confessou os abusos sexuais; os crimes eram cometidos há pelo menos um ano
A Polícia Civil identificou novas vítimas do técnico de enfermagem suspeito de estuprar e abusar sexualmente de pacientes desacordados em uma Unidade de Pronto Atendido (UPA) de Curitiba. Ao todo, sete pessoas – das quais, duas ainda não tiveram suas identidades descobertas – já foram incluídas na investigação contra Wesley da Silva Ferreira, de 25 anos.
O profissional da área da saúde está preso desde o dia 29 de outubro. Ele deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável, adulteração de medicamentos, furto, registro não autorizado da intimidade sexual e perigo de contágio por moléstia grave, já que é portador do vírus HIV e tinha ciência da doença desde o ano de 2019.
Técnico de enfermagem é preso por abusar de pacientes
Wesley passou a ser investigado depois que seu namorado encontrou vídeos de alguns dos crimes no celular do companheiro. As imagens, registradas pelo próprio técnico de enfermagem, mostram que os estupros e abusos sexuais eram praticados contra pacientes homens.
Durante as diligências, a polícia descobriu que além de abusar das vítimas, Wesley também tirava fotos de suas genitálias por meio do monitor de segurança e furtava medicamentos controlados, como fentanil, quetamina e morfina, para vender.
Em depoimento, ele admitiu os crimes e revelou que abusava sexualmente de pacientes há pelo menos um ano. Ainda conforme o relato, as vítimas sempre estavam sedadas e internadas em um local chamado ‘sala vermelha’, cômodo destinado para atendimento temporário de pacientes graves ou críticos.
Os quatro hospitais em que ele trabalhou, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e uma universidade privada foram chamados a prestar esclarecimentos.
Depois que os crimes do técnico de enfermagem foram descobertos, o profissional foi desligado do quadro de funcionários do Hospital Pequeno Príncipe e da Prefeitura de Curitiba – onde foi contratado em novembro do ano passado pelo Processo Seletivo Público (PSP)
O caso segue em investigação. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de novas vítimas. Informações sobre o caso podem ser repassadas, anonimamente, pelo telefone 181.
Com informações de Mirian Villa, da BandNews Curitiba
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