Suspensão da vereadora Maria Letícia (PV) por polêmica com acidente chega ao fim
A parlamentar não se reelegeu para o mandato 2025/2028 e tem apenas dois meses na Câmara Municipal
Terminou na segunda-feira (28) a suspensão das atribuições parlamentares aplicada à vereadora Maria Letícia (PV), após ela se envolver em um acidente de trânsito supostamente embriagada no fim de 2023. A punição estabelecida pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar retirou dela o direito do uso da palavra durante a sessão plenária e das funções administrativas na Comissão Executiva da Câmara Municipal de Curitiba por seis meses.
A vereadora não se reelegeu para o mandato 2025/2028 e tem apenas dois meses na Casa.
Acidente com a vereadora Maria Letícia (PV)
O acidente com a vereadora Maria Letícia (PV) ocorreu em 26 de novembro de 2023. Na ocasião, depois de sair de um show na Pedreira Paulo Leminski, ela bateu o veículo que dirigia em um automóvel estacionado na Alameda Augusto Stellfeld, no Centro de Curitiba. Ninguém ficou ferido e quando a parlamentar recuperou os sentidos, agentes da Superintendência de Trânsito (Setran) já estavam no local.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a vereadora apresentava sinais de embriaguez, hostilizou os policiais e teria ameaçado ligar para o secretário de Segurança Pública como forma de intimidação. Ela acabou levada à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), onde ficou detida por menos de 24h.
Em sua defesa, a vereadora Maria Letícia (PV) alegou que os policiais não ofereceram a possibilidade da realização do exame de etilômetro e que ela se recusou a fazer o exame de sangue por usar medicamentos à base de canabidiol.
Em vídeo, a parlamentar ainda afirmou que sofre de neuromielite óptica, uma doença autoimune, e usa remédios que têm efeitos similares ao da embriaguez. Posteriormente, em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba, a vereadora disse que nunca foi informada sobre os riscos dos medicamentos com THC e direção.
Para comprovar suas afirmações, Maria Letícia apresentou um laudo médico assinado pela amiga pessoal e médica Susiane do Rocio Brichta.
Por 6 votos a 3, o colegiado julgou que a vereadora tentou usar o cargo para obter favorecimento, mas não retirou o mandato por entender que alguns fatores diminuíam a culpa da parlamentar. Por fim, a punição legislativa foi a perda de todas as prerrogativas regimentais durante seis meses.
Na Justiça, após a parlamentar aceitar uma série de condições impostas pelo Ministério Público, o processo que apurava o caso foi suspenso por dois anos depois dela aceitar uma decisão da Vara de Delitos de Trânsito de Curitiba.
*Com informações de Larissa Biscaia, da BandNews Curitiba
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