Com alta de acidentes, PRF intensifica fiscalização de velocidade na região Guarapuava
De janeiro a 23 de setembro deste ano, mais de nove mil pessoas ficaram feridas em rodovias do Paraná
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou que intensificou a fiscalização de velocidade de veículos, com o uso de radar portátil, na região de Guarapuava, no Centro-Oeste do Paraná. A medida tem o objetivo de reduzir o número de acidentes e preservar vidas. O excesso de velocidade está entre as principais causas de acidentes.
A PRF destaca que dirigir em alta velocidade aumenta o risco de acidentes graves e reduz o tempo de reação em situações de emergência.
De janeiro a 23 de setembro deste ano, mais de nove mil pessoas ficaram feridas nas rodovias do Paraná. Nas estradas federais, foram pouco mais de cinco mil acidentes (5.364), com 433 mortes. Já nas rodovias estaduais, o número de sinistros chegou perto dos quatro mil (3.817), com 526 óbitos. Em todo o ano passado, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), foram 42.612 acidentes, com 38 mil vítimas – 1.727 delas fatais.
Fiscalização de velocidade
Dados da PRF mostram que o aumento de mortos em acidentes nas estradas paranaenses está diretamente conectado ao excesso de velocidade e imprudência no trânsito. Nos primeiros nove meses de 2024, o número de condutores flagrados em excesso de velocidade aumentou de 128.174 para 132.018. A quantidade de flagrantes a realizações de ultrapassagens proibidas é outro fator que chama atenção, são mais de 93 por dia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem dois tipos de velocidade no trânsito:
- excessiva: quando o motorista está acima do limite permitido para a via;
- inadequada: quando o motorista está acima do limite permitido para a via. A segunda acontece quando o condutor obedece à velocidade, mas o limite não é adequado para o contexto da via. Por exemplo, uma via de grande circulação de pedestres com limite superior a 70 km/h.
Em entrevista concedida no Dia Nacional do Trânsito, 25 de setembro, o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, Maciel Jr., ressaltou que a velocidade máxima não foi calculada para atingida e nem ultrapassada: “a velocidade máxima da via não é uma velocidade para ser atingida, ela não é uma velocidade para ser ultrapassada, é um mero índice que o motorista deve verificar que ele está dentro daquele limite. É uma velocidade colocada naquela região por questão de engenharia. Então ela comporta aquela velocidade, mas não é uma meta e muito menos, um prêmio para quem ultrapassar aquela velocidade”.
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Tipos de acidentes
Dados da PRF mostram que os óbitos em colisões frontais aumentaram 14% e nos atropelamentos 7,4%, com um total de 204 mortes nos dois tipos de acidente. Apesar de não serem os mais frequentes, ocupando a sétima e a oitava posição no ranking de tipo de acidentes, são os dois que mais causam óbitos. Quase metade (46%) das mortes nas rodovias do Paraná ocorrem em colisões frontais e atropelamentos de pedestres.
O número de engavetamentos, acidentes que envolvem três ou mais veículos em colisão traseira, também cresceu no período. Acompanhando esta alta, seguem os óbitos nessas ocorrências, que saltaram 300% em comparação a 2023. Passando de 89 para 102 acidentes registrados, os engavetamentos elevaram o número de óbitos de 6 para 18.
As ocorrências de engavetamentos, por exemplo, costumam estar intimamente ligadas a redução de visibilidade da via, seja por neblina ou chuva, e o abuso de velocidade costuma dar início ao sinistro.
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