Conduzir uma cidade exige a liderança de sábios, como ensinava Platão
Eduardo Pimentel é um menino que virou homem e tem credenciais políticas e técnicas para administrar a cidade. Não é um aventureiro.
Curitiba deve ser pensada por mentes lúcidas, dispostas a construir uma nova realidade baseada em ideias, conceitos, projetos e propostas. Não é lugar para aventureiros ou pessoas mal-intencionadas. Como pregava Platão, a política — a arte de conduzir os destinos de uma cidade — exige que seus líderes sejam competentes e preparados para a mais importante tarefa: orientar os cidadãos rumo à plena felicidade. Para ele, o governante ideal deveria ser um sábio capaz de distinguir a verdade da mentira, o belo do feio, o bom do mau, o justo do injusto.
Hoje, enquanto o candidato à Prefeitura de Curitiba, Eduardo Pimentel, demonstra plena consciência de que a cidade exige estudos contínuos de planejamento e gestão, ele se depara com Cristina Graeml, defensora da teoria da Terra plana. Ela acredita que Curitiba foi fruto de simples rabiscos e desenhos feitos por um grupo de políticos supostamente ultrapassados, como Jaime Lerner, Maurício Fruet, Saul Raiz e Rafael Greca — urbanistas que deixaram marcas profundas no desenvolvimento da cidade.
Ser jornalista, cobrindo brigas de vizinhos, acidentes de trânsito, lançamentos de lingeries e feiras de pulgas, não basta para autoproclamar-se conhecedora de uma cidade com mais de 1,5 milhão de habitantes. É preciso vivenciar a cidade, conhecer seu povo, suas demandas e ter uma equipe capacitada para solucionar problemas com visão de futuro.
Não pretendo julgar Cristina como jornalista, mas acompanho a política e vivo Curitiba há mais de 50 anos, também como jornalista. Mesmo assim, jamais ousaria afirmar que a cidade nunca teve bons gestores. Se o fizesse, seria, no mínimo, leviano. No entanto, posso debater a cidade com base em orçamentos, planejamentos, mapas, pesquisas e estudos.
Cristina Graeml manifesta preocupação em beber do próprio veneno
Criticar a educação sem apresentar um plano para governar uma área tão sensível, e o mesmo para a saúde, sem uma equipe qualificada para promover transformações, é, no mínimo, insensatez e irresponsabilidade. O mais preocupante é que a candidata supostamente recorreu à Inteligência Artificial para obter sugestões para seu plano de governo.
Estamos falando de uma candidata que se opôs à vacina contra a Covid-19 — a mesma pandemia que vitimou mais de 750 mil brasileiros. Ela escolheu como parceiro de campanha um estelionatário, cujas ações prejudicaram aposentados, e até agora não foi capaz de explicar essas ações. Além disso, idolatra Pablo Marçal, um personagem de reputação duvidosa. Não vejo como essa pessoa possa merecer o respeito dos curitibanos, ou pelo menos o meu.
Analisei o currículo de ambos os candidatos e, em minha opinião, Eduardo Pimentel é o mais qualificado para assumir a Prefeitura de Curitiba. Ele fez uma campanha limpa, com propostas claras, e não atacou seus adversários, mesmo sendo, junto com Greca, vítima de fake news. Pimentel passou os últimos oito anos trabalhando e estudando a cidade. É um jovem que se transformou em um homem preparado.
É lamentável ver o Brasil ser tomado por um grupo disposto a impor um modelo ideológico autoritário, baseado na disseminação do ódio, no uso da religião e em notícias falsas como estratégia para alcançar o poder, ameaçando a democracia.
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