Paulo Autuori justifica má fase do Athletico e explica falta de reforços
Furacão briga para não cair no Brasileirão no ano do centenário
O diretor técnico Paulo Autuori concedeu a primeira entrevista desde que chegou ao Athletico. O dirigente está no clube há mais de dois meses e acompanha de perto a má fase no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro, no ano de seu centenário, briga para escapar do rebaixamento para a Série B.
“Na minha perspectiva, o fato é que precisamos ser humildes o suficiente para entender que estamos nessa situação por erros que se possam contender. Todo projeto é factível de erros. O que nós temos que entender é a diferença do ser e estar. Eu posso ser bom e passar por momentos difíceis. Não posso ser tão bom e passar por momentos bons. Estamos neste momento e só podemos falar em ser no final”, disse o dirigente.
Para Autuori, o principal fator para os resultados ruins é a excessiva troca de treinadores durante a temporada. O Furacão já teve Juan Carlos Osório, Cuca, Juca Antonello e Martín Varini como técnico. O comandante agora é o argentino Lucho González.
“O grande problema do Athletico nesta temporada foi justamente a troca excessiva de comando, de liderança. Isso para os próprios jogadores é muito complicado. Se nós nos aprofundarmos os distintos perfis daqueles que estiveram neste processo, vamos entender mais ainda essa discrepância. A nossa luta diária no clube é estagnar para depois reverter. A própria vinda do Lucho tem a ver com isso”, declarou o técnico.
O dirigente ainda descartou qualquer possibilidade de assumir como técnico do Athletico em caso de necessidade. “Eu não aceitei ir para a final da Sul-Americana e com totais condições de ser campeão, assim como foi. O que brilha meus olhos hoje é processo e estou em uma instituição que se desenvolveu com processos. Eu vou morrer falando exatamente isso”, afirmou.
POUCOS REFORÇOS NO ATHLETICO
O Athletico investiu pouco na janela de transferências do meio do ano e contratou apenas o zagueiro Marcos Victor e o volante Bruno Praxedes. Além disso, o Rubro-Negro perdeu o volante Fernandinho, capitão da equipe, por lesão.
“O futebol só escuto contratar, mas é uma visão simplista. Dentro da perspectiva, não havia condições de trazer jogadores. Eu fui e sempre serei contra. A janela que tem que ser forte é a inicial. A janela de meio de ano é muito difícil e vai em jogadores que se deslumbra potencial, estão afastados da sua equipe ou no estrangeiro”, declarou Autuori.
AGENDA DO ATHLETICO
- Corinthians – quinta-feira (17/10), às 20h, na Neo Química Arena, em São Paulo (Brasileirão)
- Fluminense – terça-feira (22/10), às 19h30, no Maracanã, no Rio de Janeiro (Brasileirão)
- Cruzeiro – sábado (26/10), às 18h30, na Ligga Arena, em Curitiba (Brasileirão)
- Vitória – a definir, na Ligga Arena, em Curitiba (Brasileirão)
- São Paulo – a definir, no Morumbi, em São Paulo (Brasileirão)