Um debate que preocupa pela falta de liderança política no Paraná
Pimentel é alvo preferido no debate da Rede Globo que não chegou a empolgar e foi civilizado
Ney Leprevost e Maria Victória foram os dois únicos candidatos que, efetivamente, mostraram propostas no debate da Rede Globo. Luizão parece que ainda é prefeito de Pinhais, Requião reclamando sobre debate ou a falta de debate, Cristina tentando atingir Ducci com Lula e Pimentel agarrado em escudo segurando as porradas. Ele foi o alvo preferido de questionamentos no debate que durou quase três horas e contou com oito candidatos que concorrem ao Palácio 29 de Março.
Líder nas pesquisas, o candidato de Rafael Greca e Ratinho Junior foi o mais demandado no debate, com perguntas de todos os lados, especialmente ao escândalo da arrecadação de valores com a compra compulsória de entradas para um jantar de sua coligação, por parte de servidores municipais, ao custo de R$ 3 mil.
Luizão Goulart expôs ao vivo um levantamento do G1 das promessas não cumpridas pela atual gestão – apenas 22% dos compromissos firmados em 2020 saíram do papel. Na defensiva, Pimentel colocou em xeque os dados e, consequentemente, a credibilidade do veículo do Grupo Globo. Foi o highlight do ex-prefeito de Pinhais, que só falou do município vizinho.
A arapuca em que Eduardo Pimentel caiu no debate global foi criada justamente por ele, por ter evitado embates com a outra candidata de extrema-direita, Cristina Graeml, e o indignado Roberto Requião, como ele mesmo definiu sua candidatura.
Invizibilizados pela desculpa da representatividade no Congresso Nacional de seus partidos, ambos agradeceram a RPC pelo convite e compromisso com a democracia.
Pimentel assumiu ser o candidato de Bolsonaro na cidade e, pela primeira vez desde o início do pleito, disse ter orgulho de seu vice, o terraplanista Paulo Martins, assim como da composição de sua chapa.
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Virtualmente no segundo turno, Luciano Ducci foi alvo de Cristina Graeml e Ney Leprevost, especialmente por ter o PT na coligação e o apoio do presidente Lula – como se ter o Governo Federal ao seu lado, para viabilizar obras e assistência à população, fosse algum demérito.
Maria Victoria bateu em pautas que incomodam os curitibanos, como o déficit de quase 10 mil vagas em creches e a função arrecadatória dos radares escondidos por Curitiba. Recebeu elogios até da extremista Graeml.
Precisando tirar votos dos concorrentes para um certeiro segundo turno, Ney atirou para todos os lados. Embora alinhado ideologicamente à Pimentel, não poupou o candidato abençoado por Ratinho Junior e, de quebra, se perdeu no mais importante: apresentar propostas aos espectadores.
Enfim, isso…
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