14 pessoas são presas em investigação de estupro de vulnerável no Paraná
Ação foi realizada em uma parceria entre as polícias do Paraná e de Santa Catarina
14 pessoas foram presas preventivamente em uma operação que investigava crimes sexuais cometidos contra uma adolescente de 13 anos, em Barracão, no sudoeste do estado. A ação foi realizada conjuntamente entre a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a Polícia Militar do Paraná (PMPR) e a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e teve apoio da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC).
Foram emitidos 18 mandados de busca e apreensão nos municípios de Barracão e Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná; e Palma Sola e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. Três suspeitos estão foragidos e a polícia não descarta o envolvimento de mais pessoas no crime.
Durante a ação, 14 celulares foram apreendidos. Além disso, uma arma de fogo foi encontrada e resultou em uma prisão em flagrante.
Adolescente de 13 anos foi vítima de aliciamento e estupro de vulnerável
A vítima era aliciada desde o final de 2023, afirma o delegado da PCPR, Lucas Faria. Os investigados na operação, que inclui a responsável legal da vítima, mantinham contato com a adolescente por meio de celulares.
“Os criminosos faziam contato pelo telefone celular da vítima, uma menina de 13 anos, com autorização da própria responsável legal, combinando encontros, valores, trocando fotos de contexto sexual, praticando, então, diversos atos libidinosos contra a vítima, consumando o estupro de vulnerável”, afirma o delegado.
A investigação, caracterizada pela PCPR como de alta complexidade, começou em março deste ano. Com auxílio da Polícia Científica do Paraná (PCP), foi possível extrair os dados e entender o contexto do crime. Na ocasião, duas pessoas foram presas e houve a apreensão de celulares.
Em entrevista à BandNews FM Curitiba, Farias enfatizou não haver dúvidas da existência (materialidade) e nem da autoria do crime. Além dos cumprimentos de busca, apreensão e do mandado de prisão, também foi realizado o fechamento provisório e preventivo de um estabelecimento comercial.
O delegado afirma que esse local era um dos pontos de encontro frequentes entre a vítima e os investigados. Houve, ainda, “o indiciamento do proprietário por favorecimento à prostituição de crianças e adolescentes”, relata. O proprietário foi, então, preso na operação.
É importante ressaltar que, ainda que sugira o suposto consentimento da vítima, o crime se caracteriza como estupro de vulnerável. Isso porque o artigo 217-A do Código Penal, veda qualquer tipo de conjunção carnal ou ato libidinoso com menores de 14 anos. A pena é de 8 a 15 anos.
A investigação continua para identificar e prender outros supostos envolvidos.
*Com informações de Polícia Civil do Paraná + Vanessa Fontanella e Bárbara Hammes, da BandNews FM Curitiba.
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