Copel discute desafios do setor de energia diante de eventos climáticos extremos
Uma das manhãs do encontro foi dedicada ao estudo detalhado dos fatores climáticos que causaram a cheia histórica no Rio Grande do Sul este ano
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) acaba de realizar o 1º Workshop de Eventos Extremos e Segurança Operacional, totalmente dedicado à discussão dos impactos das mudanças climáticas e dos desafios operacionais para o setor de energia diante de cenários de eventos climáticos severos.
Uma das manhãs do encontro, que ocorreu na quinta-feira (26) e sexta (27), foi dedicada ao estudo detalhado dos fatores climáticos que causaram a cheia histórica no Rio Grande do Sul este ano, os efeitos sobre usinas e redes elétricas, além da resposta das concessionárias de energia e órgãos como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O evento incluiu palestras de especialistas renomados, como Camila Bertoletti Carpenedo, líder do Núcleo de Estudos sobre Variabilidade e Mudanças Climáticas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A pesquisadora explicou como diversas causas naturais podem se combinar para gerar eventos climáticos extremos, além de apresentar indicadores da influência humana nesses fenômenos. “Essa influência se dá principalmente em função do aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre que resulta no aumento da temperatura média do planeta”, disse.
“E não só a atmosfera está aquecendo, mas os oceanos também e, se temos oceanos mais quentes, como consequência, há mais vapor de água na atmosfera, fator que também influencia na frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos”, explicou.
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Outro palestrante, o professor doutor Fernando Mainardi Fan, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, discutiu os impactos do evento climático extremo no Rio Grande do Sul sobre as vazões e níveis dos rios e reservatórios, destacando como o Instituto desenvolveu modelos de previsão de vazões que apoiaram as decisões das autoridades.
Ondas de calor também aumentam o risco de queimadas e desligamentos da rede elétrica.
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