Geral
Grupo que roubava e vendia dados de beneficiários do INSS é alvo de operação
Foto: Polícia Federal

Grupo que roubava e vendia dados de beneficiários do INSS é alvo de operação

A Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis e o bloqueio de R$ 34 milhões das contas bancárias dos envolvidos

Caroline Signori Berticelli - quinta-feira, 26 de setembro de 2024 - 15:07

Um grupo suspeito de roubar e vender dados de beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Nacional (INSS) foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (26). Ao todo, foram cumpridos 29 mandados de busca e 18 de prisão preventiva no estado do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Paraná, Goiás, Distrito Federal e Bahia. 

Os dados eram comprovados por terceiros e utilizados para fins criminosos como contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários. 

O Juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel, no oeste do estado, determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da organização criminosa e o bloqueio de R$ 34 milhões das contas bancárias dos envolvidos. 

Investigação venda de dados de beneficiários do INSS

De acordo com a PF, as investigações revelaram que a organização criminosa era composta por hackers que usavam técnicas avançadas de invasão cibernética e conseguiam ingressar diretamente no banco de dados do INSS

Entre os alvos dos mandados está um hacker que já foi investigado e é apontado como  um dos mais habilidosos invasores de sistemas informatizados. Apurou-se que ele conseguia burlar o método de login com autenticação multifator, alterar os níveis de acesso das credenciais dos servidores do INSS e até mesmo fazer uso do certificado digital desses servidores. 

LEIA TAMBÉM:

Três servidores do INSS e um estagiário também são alvos da operação por suspeita de comercializar suas respectivas credenciais de acesso aos sistemas. 

A Polícia Federal manteve sigilo quanto às cidades onde ocorreram os mandados. 

Os envolvidos responderão por diversos crimes como organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilos e lavagem de capitais, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.

*Com Polícia Federal

Fique por dentro das notícias do Paraná: Assine, de forma gratuita, o canal de WhatsApp do Paraná Portal. Clique aqui.

Compartilhe