Primavera será de calor acima da média e pouca chuva no Paraná
A previsão indica que as temperaturas médias do ar ficarão acima da normalidade em todo o estado
A primavera, que começa neste domingo (22), deve ser quente e com chuvas ligeiramente abaixo da média em todo o estado. A previsão é do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
“São esperadas ondas de calor e longos períodos sem chuvas”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.
Neste ano, o fenômeno meteorológico La Niña se forma entre a primavera e o verão, com intensidade fraca, influenciando o clima paranaense até o primeiro trimestre de 2025. “Além disso, as águas do Oceano Atlântico Sul e a temperatura média do ar sobre a América do Sul continuarão mais quentes que o normal”, afirma o meteorologista.
A previsão indica que as temperaturas médias do ar ficarão acima da normalidade para a estação em todo Paraná. Seguindo os dados históricos, oeste, sudoeste, norte e litoral devem registrar os maiores valores de temperaturas máximas.
Chuvas na primavera do Paraná
De acordo com o Simepar, em outubro, a chuva deve seguir o padrão de normalidade, mas em novembro e dezembro as precipitações prometem ficar próximas e abaixo da média histórica em todas as regiões.
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental paranaense destaca ainda que por ser uma estação de transição entre o inverno e o verão, a primavera favorece a ocorrência de eventos meteorológicos severos como rajadas de ventos fortes, granizos, alta incidência de raios e chuvas volumosas.
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Agricultura
O calor e a falta de chuva durante a primavera no Paraná também devem afetar culturas como a da soja, do milho e feijão incluindo atraso na semeadura, germinação desuniforme, crescimento inadequado das plantas e desenvolvimento deficiente dos grãos.
Antes mesmo da chegada da primavera, a seca já inviabilizava o plantio de soja nas regiões do Paraná liberadas pelo vazio sanitário. O Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 6 a 12 de setembro, apontou que norte, noroeste, oeste e centro-oeste já estão autorizados a iniciar a semeadura da planta, mas ele ocorre de forma isolada e não mensurável em percentual.
“O cenário é preocupante por causa das temperaturas muito elevadas e chuvas abaixo da média climatológica, com distribuição irregular e períodos prolongados de estiagem”, observa Heverly Morais, agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).
*Com Simepar
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