Bolsonarista acusado de matar tesoureiro do PT deixa a cadeia
Jorge Garanho estava preso desde agosto de 2022; ele será monitorado por tornozeleira eletrônica até o júri popular.
O bolsonarista acusado de matar o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em 2022, deixou a cadeia. Jorge Guaranho estava preso no Complexo Médico de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desde agosto de 2022. A informação foi confirmada pela defesa de Guaranho.
A decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) foi motivada por um habeas corpus protocolado pela defesa de Jorge Guaranho, que alegou que o acusado necessita de tratamento de saúde. Durante o período da prisão domiciliar, Guaranho será monitorado por tornozeleira eletrônica.
Ainda conforme a defesa de Jorge Guaranho, ele cumprirá a medida de prisão domiciliar em Curitiba até a realização do júri popular, que foi remarcado para fevereiro de 2025.
O crime teve ampla repercussão nacional e aconteceu há mais de dois anos, em julho de 2022. Arruda foi morto na própria festa de aniversário, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula, quando comemorava 50 anos com familiares e amigos.
O Ministério Público do Paraná sustenta que o assassinato teve motivação política.
Angústia
Por meio de nota, a defesa que representa a família do ex-tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, afirma que recebeu com angústia a decisão judicial da prisão domiciliar do bolsonarista Jorge Guaranho.
“A família da vítima já não suporta tamanho sofrimento, seja pela ausência de Marcelo, ou, ainda, por não ver o seu assassino cumprindo pena pelo crime tão brutal que decidiu praticar. O que fica, nesta tarde, é o sentimento de muita tristeza por precisar acalmar a família de Marcelo, absolutamente devastada pela notícia”, disse a defesa.
Relembre o assassinato de Marcelo Arruda
Marcelo Arruda foi morto enquanto comemorava o aniversário de 50 anos com amigos e familiares, em julho de 2022. A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e Lula, então candidato à Presidência da República.
Conforme as investigações, o bolsonarista Jorge Guaranho invadiu a comemoração e iniciou uma discussão com a vítima. Cerca de 10 minutos depois, o então policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Marcelo, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Marcelo Arruda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O crime completou dois anos em julho e, para o Ministério Público do Paraná, teve motivação política – tese contestada pela defesa.
Guaranho também foi baleado durante a troca de tiros e agredido por convidados. Ele ficou internado por um mês e foi preso na sequência.
O julgamento do ex-policial penal foi adiada em duas ocasiões. A primeira vez foi em dezembro de 2023 e a segunda em abril deste ano. O júri popular foi remarcado para ocorrer entre os dias 11 e 13 de fevereiro de 2025, no Tribunal do Júri de Curitiba.
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