“Novo” Teste do Pezinho entra em vigor em Curitiba a partir de março
O exame será ampliado e passará a diagnosticar cerca de 30 doenças
O “novo” teste do pezinho começa a vigorar em Curitiba no próximo ano, de acordo com a Lei 16.381/2024, sancionada no dia 5 de setembro. A partir de março de 2025, o exame realizado em bebês recém-nascidos, antes da alta hospitalar, irá diagnosticar cerca de 30 doenças.
Atualmente, o teste do pezinho é utilizado para detectar seis doenças genéticas e metabólicas que podem causar sequelas ou o óbito de crianças. São elas: deficiência de biotinidase, fenilcetonúria, fibrose cística, hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e hipotireoidismo congênito.
Com a ampliação, a lei garantirá a realização da triagem neonatal para os seguintes grupos de doenças:
- imunodeficiências primárias;
- fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
- hipotireoidismo congênito;
- doença falciforme e outras hemoglobinopatias;
- fibrose cística;
- hiperplasia adrenal congênita;
- deficiência de biotinidase;
- toxoplasmose congênita;
- galactosemias;
- aminoacidopatias;
- distúrbios do ciclo da ureia;
- distúrbios de betaoxidação dos ácidos graxos;
- atrofia muscular espinhal (AME).
“Novo” teste do pezinho em Curitiba
De acordo com a proposta, a ampliação do Teste do Pezinho em Curitiba tem o objetivo de alinhar o SUS da capital “às práticas mais avançadas de triagem neonatal, potencializando a detecção precoce e o tratamento oportuno de diversas condições de saúde”; aumentar o diagnóstico e o tratamento precoces de um número maior de doenças; e reduzir os custos para o sistema público de saúde, por meio de intervenções preventivas.
A lei aprovada também determina que o Código de Saúde da cidade priorize encaminhamentos decorrentes dos resultados dos exames, observando “o princípio da proteção integral, especialmente quanto à garantia de atendimento prioritário aos recém-nascidos que forem identificados com doenças que exigem tratamento imediato”.
A Lei 16.381/2024 foi batizada de Lei Heitor e Henry em homenagem aos filhos de Kelly Akemi. O primeiro teve o diagnóstico de uma doença rara tardio e foi submetido a um transplante de medula quando tinha 1 ano de idade, sendo que o ideal é até três meses de vida. Com o atraso, o menino ficou com sequelas, enquanto seu irmão foi diagnosticado logo após o nascimento, fez o transplante e hoje leva uma vida normal.
*Com Pedritta Marihá Garcia, da Câmara Municipal de Curitiba
Fique por dentro das notícias do Paraná: Assine, de forma gratuita, o canal de WhatsApp do Paraná Portal. Clique aqui.