Grupo de estelionatários é alvo de operação na Grande Curitiba e no interior
Os criminosos são especializados em aplicar golpes em motoristas idosos
Um grupo de estelionatários especializado em aplicar golpes em motoristas idosos foi alvo de uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã deste domingo (1º). Ao todo, foram cumpridas 11 ordens judiciais contra a organização criminosa suspeita de vitimar mais de 70 pessoas no Paraná. Os prejuízos chegam a cerca de meio milhão de reais.
Cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão nas cidades de Curitiba e Araucária, na região metropolitana da capital, e São João do Ivaí, no noroeste do estado.
De acordo com o delegado Ramon Galvão Zeferino, dois suspeitos foram presos em flagrante e três são considerados foragidos. Durante a operação, um terceiro indivíduo foi conduzido à delegacia por posse de drogas para consumo próprio.
“Foram apreendidos nos endereços de um dos alvos que fugiu do local munições, celulares, notebooks e um carro utilizado em um golpe”, explica o delegado.
A Justiça decretou o bloqueio de contas bancárias de todos os suspeitos.
Os crimes investigados incluem estelionato e associação criminosa.
Golpes em motoristas idosos
Segundo as investigações, iniciadas em abril deste ano, os criminosos escolhiam as vítimas em estacionamentos de comércios, abordando motoristas idosos com a falsa alegação de problemas mecânicos em seus veículos como parte do golpe.
“Eles emparelhavam os veículos em via pública e indicavam que o carro da vítima estava com algum defeito mecânico. Esse primeiro golpista, muito solícito, dizia que trabalhava em alguma concessionária. Na sequência, avaliava o veículo e se oferecia a ligar para o mecânico da loja para que ele resolvesse. Pouco depois, outro integrante do grupo, um falso mecânico, aparecia”, explica o delegado.
Em seguida, os golpistas simulavam falhas mecânicas e cobravam pelos supostos reparos utilizando uma maquininha de cartão adulterada que esgotava as contas bancárias das vítimas. “No visor da maquineta aparecia um valor muito pequeno, que seria o valor do reparo, porém, por trás, eles estavam esgotando a conta da vítima”, completa Zeferino.
Desde 2022, foram identificados mais de 70 casos no Paraná. O grupo também fez vítimas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
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